Executivos eficazes não tomam
muitas decisões. Eles concentram-se no que é importante. Tentam tomar as poucas
decisões importantes no nível mais alto do entendimento conceitual. Eles procuram
localizar o que é invariável em uma situação, pensar no que é estratégico e
genérico, em vez de “resolver o problema”. Não ficam, por este motivo,
excessivamente impressionados pela rapidez na tomada de decisões; ao contrário,
consideram a virtuosidade em manipular grande número de variáveis, sintoma de
uma reflexão descuidada. Querem saber do que trata a decisão e quais as
realidades subjacentes que ela tem de satisfazer. Querem impacto, em vez de
técnica. E desejam ser justos em vez de brilhantes.
Executivos eficazes sabem quando
uma decisão deve basear-se em princípios e quando deve ser tomada
pragmaticamente, conforme o mérito da questão. Sabem que a decisão ardilosa é
aquela que se situa no meio-termo entre a decisão correta e a errada, e já
aprenderam a distinguir uma da outra. Sabem que a etapa que mais consome tempo,
no processo, não é tomada da decisão em si, mas colocá-la em prática. A menos
que uma decisão se converta em trabalho, ela não será uma decisão; terá sido no
máximo, uma boa intenção. Isso significa que, enquanto a decisão eficaz é, por
si só, baseada no mais alto nível do entendimento conceitual, o compromisso com
a ação deve estar o mais próximo possível da capacidade de as pessoas
encarregadas cumpri-las. Executivos eficazes sabem, sobretudo, que a tomada de
decisão tem seu próprio processo sistemático e seus próprios elementos
claramente definidos.
Do livro Os Melhores Artigos da
Harvard Business Review