As empresas estão repletas de
presidentes e diretores acometidos pela síndrome de Branca de Neve. Não que
eles usem tiarinha sobre os cabelos negros ou tenha alguma vez comido uma maçã
envenenada. Eles são Branca de Neve pela estatura das pessoas que os cercam.
Em geral, os Brancas são
carismáticos e competentes. Não raros, são eles os fundadores da empresa ou,
pelo menos, aqueles que a viabilizaram comercialmente ou a transformaram em uma
grande corporação. O Branca é alguém que destoa pra cima. Quase sempre é mais
capaz do que os demais membros de uma equipe. Em suma, não é líder à toa.
A síndrome começa a se fazer
nota quando a consciência da própria competência extrapola os limites da
sensatez. O presidente passa acreditar que, se não supervisionar todos os
problemas da empresa, não puser a mão massa, não controlar diretamente cada
contratempo rotineiro, as coisas na empresa desandam, perdem a eficiência ou
saem erradas.
O Branca é escravo da própria
competência. Vive permanentemente preocupado com os erros que sua equipe pode
cometer. Com isso ele a impede de adquirir a experiência.
Do livro FAZER ACONTECER de
Júlio Ribeiro