Pular para o conteúdo principal

As Metas Financeiras


Toda empresa precisa de um conjunto internamente coerente de metas financeiras. À medida que buscamos definir o relacionamento correto entre cada componente do modelo de negócio, desenvolvemos uma base para ajustar as metas à realidade. O objetivo dessas metas não é lutar pela precisão durante, digamos, um período de três anos, mas sim reconhecer que as mudanças observadas no ambiente externo, assim como a maior parte das mudanças nas atividades internas, têm conseqüências que deve ser reconhecidas na área financeira.

Sem a disciplina do modelo para orientá-las, as pessoas geralmente não associam as realidades externas às atividades internas. Muitas vezes, empresas estabelecem as metas financeiras praticamente no vácuo. Em muitos casos, seus processos orçamentários são exercícios de números, onde as pessoas nos níveis mais baixos se concentram em proteger seus próprios interesses e não as realidades enfrentadas pela empresa. Às vezes, as pessoas são impulsionadas pelas exigências de outros: os mercados financeiros, o CEO, o diretor da divisão ditam quais devem ser as metas.

Às vezes essas exigências baseiam-se em um pouco mais do que a esperança e o sonho do executivo. Um cenário típico – observando diversas vezes – é o do CEO querendo que a empresa se classifique entre as melhores quanto ao crescimento dos ganhos por ação segundo o S&P 500. Essa aspiração está bem acima da média do seu setor, mas não importa. Manda a sua equipe desenvolver uma estratégia audaz que o leve até lá. Talvez esteja motivado por uma arrogância desenfreada ou por uma atitude admirável (ou equivocada) do tipo “sou capaz” e pode ou não conseguir. De qualquer maneira, a questão é que está correndo riscos desnecessários, pois não tem uma base real para estabelecer as metas.

Extraído do Livro Encarando a Nova Realidade  de  Larry Bossidy Ram Charan

Postagens mais visitadas deste blog

Os 6 hábitos dos líderes irrealistas

Com base em nossas pesquisas e observações, identificamos seis comportamentos como sendo as causas mais comuns da incapacidade de confrontar a realidade: Informações filtradas : apesar de todo intercâmbio de informações que existe nos negócios, é surpreendente a freqüência com que os fatos críticos, que poderiam fazer toda a diferença, escapam as pessoas. Elas podem estar obtendo informações apenas de pessoas com o mesmo ponto de vista. Audição seletiva : a informação pode ser boa, mas nada adiantará se o responsável pelas decisões fica surdo diante de uma apresentação. Os líderes praticam a audição seletiva pelas mais variadas razões. As mais comuns são noções preconcebidas ou experiências passadas – olhar pelo retrovisor, a arrogância do sucesso e a recusa em confrontar um problema porque não se vislumbra uma solução. Vontade de acreditar : a vontade de acreditar é a coisa de grande parte da visão e audição seletiva. A aquisição funcionará bem porque precisamos que fu...

A síndrome de Branca de Neve

As empresas estão repletas de presidentes e diretores acometidos pela síndrome de Branca de Neve. Não que eles usem tiarinha sobre os cabelos negros ou tenha alguma vez comido uma maçã envenenada. Eles são Branca de Neve pela estatura das pessoas que os cercam. Em geral, os Brancas são carismáticos e competentes. Não raros, são eles os fundadores da empresa ou, pelo menos, aqueles que a viabilizaram comercialmente ou a transformaram em uma grande corporação. O Branca é alguém que destoa pra cima. Quase sempre é mais capaz do que os demais membros de uma equipe. Em suma, não é líder à toa. A síndrome começa a se fazer nota quando a consciência da própria competência extrapola os limites da sensatez. O presidente passa acreditar que, se não supervisionar todos os problemas da empresa, não puser a mão massa, não controlar diretamente cada contratempo rotineiro, as coisas na empresa desandam, perdem a eficiência ou saem erradas. O Branca é escravo da própria competência. Vi...

O Valor da Informação para a empresa

Com o surgimento da tecnologia de armazenamento de dados e dos sistemas on-line que despertaram novos conceitos nas atividades empresariais, a informação passou a ser valorizada como o principal ativo das organizações. Todavia, é imprescindível o conjunto de características necessárias para que esse fundamental bem realmente atenda às necessidades dos gestores. A informação carece de agilidade, disponibilidade, confiabilidade, segurança. Tudo isso é que definirá sua importância na organização. A lógica da Inteligência Competitiva lançou novas luzes sobre a maneira como a informação é utilizada. Atualmente, as pesquisas são desenvolvidas no sentido de caracterizar as informações, avaliando-se suas propriedades e pertinência em aplicações específicas. O domínio da Informação disponível é uma fonte de poder, uma vez que permite analisar fatores do passado, compreender o presente, e principalmente, antever o futuro. Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática....